quinta-feira, 26 de março de 2009

Composteira do mineirinho

E aí galera!! Tô empolgado. Ontem ajeitei uma composteira de apartamento igual aquela que a Lucy ensina fazer no livreto Permacultura Urbana...
Dois baldes grandes (60 litros) furados..
uma bandeja embaixo para armazenar o líquido que escorrer...
uma plataforma com tijolos furados para manter o balde suspenso e permitir o fluxo do liquido...

O da direita está fazendo a compostagem (uma camada de materia molhada, outra seca) e o da esquerda por enquanto está armazenando serragem...

Arrumei um mega saco de casca de arroz por 6 reais.. um outro saco de cal de 15kg por 8 reais.. outro de terra fértil roubado.. e outro de esterco roubado.. uhauhauhaahu
Cada vez que coloco matérgia molhada (orgânica) jogo por cima serragem, casca de arroz, um pouco de cal, terra e esterco..

Depois que o balde tiver cheio tem que mexer a pilha uma vez por semana durante 40 dias.. aí sim o composto estará pronto..Aí começa a encher o outro balde..

Já tem 3 dias que estou compostando.. o balde ja ta quase na metade.. Acho que vou ter que refazer com outros 2 baldes de 100 litros.. pois o balde tem que suportar o lixo de pelo menos 30, 40 dias.. para permitir que o outro balde realize a compostagem..

Mais pra frente dou mais notícias..
Saudade! Abraços,Renato

domingo, 22 de março de 2009

Dá-lhe jaca!


A Jaca é cheia de surpresas! Saquem as sementes, por exemplo. Normalmente, são deixadas de lado, mas há usos mais nobres! Que tal cozinhar as sementes para degustá-las em toda a sua delicada textura e sabor inconfundível?

Simplesmente cozinhe em água as sementes, em fogo baixo por 25-30 minutos. Use um garfo para perfurar uma "semente de controle" e saber se o cozimento já fez efeito. Dá pra cozinhar sementes al dente, ou mais molinhas.

E tem mais, porque na semente da jaca há a jacaína, cujo poder cicatrizante tem sido objeto de estudo pela USP.

B. (no Dorso do Grifão Sentinela)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Lugar onde muitas pessoas se encontram




Fazendo uma pesquisa, fiquei sabendo do Tibá, uma comunidade-ecocentro no Rio de Janeiro. É do Johan Van Legen, que escreveu o Arquiteto Descalço. Dêem uma olhada. (T.)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Nós

Querid@s,

O planeta irá se virar sem nós. Em sua história, somos tão recentes quanto o ponto final de um livro com bem escritas trezentas páginas. Representamos muito pouco no contexto da bio-diversidade planetária, mas nosso impacto é estrondoso.

Mas a margem do planeta é consideravelmente maior que a nossa. Uma pequena variação na temperatura, nos ciclos de água e serão muitos os humanos mortos por dia. Já somos muitos os humanos que morrem por dia. Oito milhões ao ano “só” por sede.

Salvar o planeta é uma dessas pretensões tão humanas. O planeta irá se virar, conosco ou não. Está aí girando a quatro bilhões de anos, muitas vezes congelado. A questão não é sobre salvar o planeta, mas sobre a continuidade da espécie humana nele.

O planeta pode ser visto como uma ilha, porque não temos condições de nos assentar em massa em qualquer corpo celeste favorável às necessidades humanas básicas. Ao mesmo tempo, os recursos desta ilha são muitas vezes finitos ou apenas lentamente renováveis. O que acontece quando uma espécie presa numa ilha devasta sua base vital?

Em cenários assim, a espécie irá enfrentar o ponto de corte até que se readeque à oferta natural. E as previsões científicas sugerem que o corte de humanos vai aumentar. Novas e insuspeitas Etiópias, colunas quilométricas de migrantes em busca de refúgio, crescentes conflitos por água, todos fenômenos agigantados nas próximas três décadas.

É claro que podemos desfazer ou transformar as causas do aumento do ponto de corte, cessando o viés mesquinho, consumista e inconseqüente de nossas ações, superando a visão antropocêntrica em benefício de um modelo ecocêntrico. Não é algo fácil, que se instale na consciência coletiva humana em poucos anos. Implica uma visceral atualização de crenças e valores, intenções e atitudes.

Uma atualização assim é grande empresa. E poderia salvar quem realmente precisa de ajuda: nós. Ou não somos nós que nos abatemos uns aos outros ao menor sinal de discórdia? Ou não somos o lixo que obstrui as outras espécies vivas? Urge dissolver o auto-engano no qual nos enredamos, auto-complacente para conosco, terrível para os outros. Os outros, esses diferentes de mim!

“Os outros” não são diferentes assim “de mim”. A diferença está na visão. E a visão é um construto tão cultural quanto biológico. Portanto, passível de revisão e mudança. Desnorteados por nossas crenças exclusivistas e avassaladoras certezas, nos tornamos arrogantes e impiedosos, capazes de atos os mais destrutivos.

A continuar a escalada de intolerância entre nós, o planeta não terá sequer o trabalho de nos dispor na gaveta das experiências que não deram certo, já que nos engavetaremos por nós mesmos.

Milênios de história, milhares de culturas, grandes mestres e mestras do caminho. Tudo para nada? Talvez em algum lugar se aprenda: o desejo individualista lastreado pela ausência de sabedoria e compaixão é via curta para o auto-aniquilamento.

Com amor,
B. (na Sala de Espelhos Auto-Refletidos)

terça-feira, 3 de março de 2009

Abra sua mente

"É um erro capital teorizar antes de se ter os dados. Sem se perceber, começa-se a distorcer os fatos para ajustá-los às teorias, em vez de mudar as teorias para que se ajustem aos fatos". Sherlock Holmes. (B. na Chuva Engendrante de Sementes)