terça-feira, 2 de junho de 2009

Você sabia

Que a semente da maçã contém cianeto, veneno usado como arma nos livros de Agatha Christie?

B. (na Biblioteca de Velhos Almanaques Empoeirados)

sábado, 2 de maio de 2009

Como é fácil apontar o dedo!

Encontramos pessoas proclamando o tempo de salvar a Natureza. Como se a Natureza não tivesse passado por situações mais catastróficas do que ter que conviver com a ignorância e avidez humanas. É certo sim que, na nossa ânsia pelo conforto supremo, estamos levando dor e extinção a um número de espécies. É certo sim que, no nosso antropocentrismo, estamos destruindo ecossistemas inteiros. E também parece bem certo que, apesar de tudo isso, o planeta continuará, diferente, mas continuará. Sem seres humanos - essas frágeis criaturas com corpos de carbono - a Natureza continuará suas experimentações evolutivas. Por exemplo, não é nada improvável que dê um jeito de criar microorganismos que se alimentem de plástico! Duvida? Leia "O mundo sem nós", de Alan Weisman.

Então, para variar, estamos focando o objeto errado: o externo, ilustrado em alvos como: "o meio ambiente", "a economia", "os sistemas de governo", "as religiões"... Um pouquinho de atenção e de honestidade intelectual e podemos ver claramente: todos esses alvos (salvo, por hora, o meio ambiente) são criações da mente humana. Portanto, o foco deveria se voltar para dentro, para nós mesmos. Até esse foco "a mente humana" não passa de uma abstração generalista. Essa tal "mente humana" é você que está lendo este post!

Tirei o meio ambiente do cesto de criações da mente humana, porque é a realidade, o sistema do qual os seres humanos emergem. Fique claro: nós dependemos do meio ambiente, mas o meio ambiente pode nos descartar rapidinho, como já fez antes com outras espécies dominantes. Gente que diz: - "Alto lá! Nós somos o último biscoito do pacote!" Bem, essa gente não considera que o meio ambiente extrapola em muito o planeta. Essa gente não reflete sobre o desconhecido de suas razões, ou sobre as limitações de suas antenas sensoriais.

Mas mesmo o meio ambiente é, do ponto de vista humano, uma idealização humana. Portanto, desse ponto de vista, até o meio ambiente é uma imaginação sua/minha/nossa. Isso deve ficar claro, se é para sermos mais realistas no trato com a meta-crise que assola a bio-diversidade nesse planeta azul.

Portanto, foco na mente. O que não significa que devemos abandonar os alvos externos. São como referências, como dedos que apontam para a lua. São símbolos orientadores, que representam a coisa em si, sem contudo compreender a coisa como um todo. Por quê? Porque símbolos são epifenômenos (rápido, o dicionário!). Porque somos criaturas limitadas por um corpo, e também por pensamentos (mas pode chamar de cercadinhos), e emoções (mas pode chamar de fixações).

Se queremos mesmo mudar alguma coisa, a revolução começa no nosso quarto; melhor ainda: por nós mesmos. Recorra à ajuda da História para ver como os revolucionários que queriam mudar as estruturas do mundo deixam um rastro de guerras sanguinárias, apenas para que, no final, quando têm "sucesso", leguem outra estrutura (a deles!) que novamente quer que as pessoas gravitem em torno dela. E mais: quantos desses revolucionários de direita ou esquerda consideram a proteção ambiental em seus planos? Taí o Mar Morto, dos Socialistas. E os Polímeros, dos Liberais...

Portanto, comece por você. Comece por seus pontos de vista. Por seus modelos mentais, crenças arraigadas, ações insuspeitas (vá ao Giro do Pacífico ver onde foi parar a embalagem daquele biscoito que come). Comece caindo na real: O inferno não são os outros, o inferno é você. O inferno dos pássaros e dos peixes sou eu, que os como para saciar a insaciável fome que virá de novo e de novo. O inferno dos miseráveis sou eu, que uso meus poderes para importar seus recursos em troca de espelhinhos. O inferno do trânsito sou eu, que prefiro comprar um carro que pesa várias vezes o meu peso para não ter que andar a pé, ou para não ter que chamar os governantes na chincha: - "Ei, queremos que parem de usar a grana de nosso suor para beneficiar vocês e seus clãs e tratem de criar um sistema de transporte coletivo bacana e eco-eficiente!".

Será que ainda temos a coragem? Teremos o espírito? Talvez tenhamos nos deixado domar. Fomos domesticados? A Matrix (ego) está a pleno vapor! E ela diz: - "Aponte o seu dedinho para o outro!" Culpe o outro! "Blame Canada!", não é mesmo!?

B. (na Sala de Espelhos Auto-Refletidos)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Composteira do mineirinho

E aí galera!! Tô empolgado. Ontem ajeitei uma composteira de apartamento igual aquela que a Lucy ensina fazer no livreto Permacultura Urbana...
Dois baldes grandes (60 litros) furados..
uma bandeja embaixo para armazenar o líquido que escorrer...
uma plataforma com tijolos furados para manter o balde suspenso e permitir o fluxo do liquido...

O da direita está fazendo a compostagem (uma camada de materia molhada, outra seca) e o da esquerda por enquanto está armazenando serragem...

Arrumei um mega saco de casca de arroz por 6 reais.. um outro saco de cal de 15kg por 8 reais.. outro de terra fértil roubado.. e outro de esterco roubado.. uhauhauhaahu
Cada vez que coloco matérgia molhada (orgânica) jogo por cima serragem, casca de arroz, um pouco de cal, terra e esterco..

Depois que o balde tiver cheio tem que mexer a pilha uma vez por semana durante 40 dias.. aí sim o composto estará pronto..Aí começa a encher o outro balde..

Já tem 3 dias que estou compostando.. o balde ja ta quase na metade.. Acho que vou ter que refazer com outros 2 baldes de 100 litros.. pois o balde tem que suportar o lixo de pelo menos 30, 40 dias.. para permitir que o outro balde realize a compostagem..

Mais pra frente dou mais notícias..
Saudade! Abraços,Renato

domingo, 22 de março de 2009

Dá-lhe jaca!


A Jaca é cheia de surpresas! Saquem as sementes, por exemplo. Normalmente, são deixadas de lado, mas há usos mais nobres! Que tal cozinhar as sementes para degustá-las em toda a sua delicada textura e sabor inconfundível?

Simplesmente cozinhe em água as sementes, em fogo baixo por 25-30 minutos. Use um garfo para perfurar uma "semente de controle" e saber se o cozimento já fez efeito. Dá pra cozinhar sementes al dente, ou mais molinhas.

E tem mais, porque na semente da jaca há a jacaína, cujo poder cicatrizante tem sido objeto de estudo pela USP.

B. (no Dorso do Grifão Sentinela)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Lugar onde muitas pessoas se encontram




Fazendo uma pesquisa, fiquei sabendo do Tibá, uma comunidade-ecocentro no Rio de Janeiro. É do Johan Van Legen, que escreveu o Arquiteto Descalço. Dêem uma olhada. (T.)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Nós

Querid@s,

O planeta irá se virar sem nós. Em sua história, somos tão recentes quanto o ponto final de um livro com bem escritas trezentas páginas. Representamos muito pouco no contexto da bio-diversidade planetária, mas nosso impacto é estrondoso.

Mas a margem do planeta é consideravelmente maior que a nossa. Uma pequena variação na temperatura, nos ciclos de água e serão muitos os humanos mortos por dia. Já somos muitos os humanos que morrem por dia. Oito milhões ao ano “só” por sede.

Salvar o planeta é uma dessas pretensões tão humanas. O planeta irá se virar, conosco ou não. Está aí girando a quatro bilhões de anos, muitas vezes congelado. A questão não é sobre salvar o planeta, mas sobre a continuidade da espécie humana nele.

O planeta pode ser visto como uma ilha, porque não temos condições de nos assentar em massa em qualquer corpo celeste favorável às necessidades humanas básicas. Ao mesmo tempo, os recursos desta ilha são muitas vezes finitos ou apenas lentamente renováveis. O que acontece quando uma espécie presa numa ilha devasta sua base vital?

Em cenários assim, a espécie irá enfrentar o ponto de corte até que se readeque à oferta natural. E as previsões científicas sugerem que o corte de humanos vai aumentar. Novas e insuspeitas Etiópias, colunas quilométricas de migrantes em busca de refúgio, crescentes conflitos por água, todos fenômenos agigantados nas próximas três décadas.

É claro que podemos desfazer ou transformar as causas do aumento do ponto de corte, cessando o viés mesquinho, consumista e inconseqüente de nossas ações, superando a visão antropocêntrica em benefício de um modelo ecocêntrico. Não é algo fácil, que se instale na consciência coletiva humana em poucos anos. Implica uma visceral atualização de crenças e valores, intenções e atitudes.

Uma atualização assim é grande empresa. E poderia salvar quem realmente precisa de ajuda: nós. Ou não somos nós que nos abatemos uns aos outros ao menor sinal de discórdia? Ou não somos o lixo que obstrui as outras espécies vivas? Urge dissolver o auto-engano no qual nos enredamos, auto-complacente para conosco, terrível para os outros. Os outros, esses diferentes de mim!

“Os outros” não são diferentes assim “de mim”. A diferença está na visão. E a visão é um construto tão cultural quanto biológico. Portanto, passível de revisão e mudança. Desnorteados por nossas crenças exclusivistas e avassaladoras certezas, nos tornamos arrogantes e impiedosos, capazes de atos os mais destrutivos.

A continuar a escalada de intolerância entre nós, o planeta não terá sequer o trabalho de nos dispor na gaveta das experiências que não deram certo, já que nos engavetaremos por nós mesmos.

Milênios de história, milhares de culturas, grandes mestres e mestras do caminho. Tudo para nada? Talvez em algum lugar se aprenda: o desejo individualista lastreado pela ausência de sabedoria e compaixão é via curta para o auto-aniquilamento.

Com amor,
B. (na Sala de Espelhos Auto-Refletidos)

terça-feira, 3 de março de 2009

Abra sua mente

"É um erro capital teorizar antes de se ter os dados. Sem se perceber, começa-se a distorcer os fatos para ajustá-los às teorias, em vez de mudar as teorias para que se ajustem aos fatos". Sherlock Holmes. (B. na Chuva Engendrante de Sementes)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Atenção, Paraty!

Cadê os aprendizados da feitura do banheiro seco do Camping da Flora? Quais as dificuldades que se manifestaram e como foram contornadas? Há fotos? (B.)

Vai azeite temperado?!

Receitinha ótima de azeite com ervas.

Primeiro o azeite de oliva. De boa qualidade, extra-virgem. Não compre da marca Gallo, que é da Cargill, que anda poluindo no Brasil e no mundo.

Condimentos: manjericão, alecrim e orégano, desidratados. Mais 3 dentes de alho cru, picados.

Faça: Uma colher de chá de cada condimento numa 1 xícara de azeite de oliva, mais os 3 dentes crus de alho picadinho. Misture tudo e armazene em recipiente de vidro opaco. Guarde na geladeira quando não estiver usando. (B. na onda nutritiva curativa e amorosa)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Arroz japonês não combina com metais

O arroz japonês, aquele do sushi, não se prepara com colher de metal, mas sim de madeira. É que esse arroz absorve qualquer sabor com que entre em contato durante a preparação. Por isso mesmo, ao cozinhá-lo, use panelas de vidro ou pedra. (B. na garoa láctea esvoaçante)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Suco, tão servidos?


Receitinha de suco verde para duas pessoas.

Duas maçãs, 2 folhas grandes de couve manteiga, cinco folhas médias de alface francesa, uma colher de sopa de mel.

Faça assim: bata as duas maçãs em 250ml de água. Coe e acrescente ao suco as folhas e o mel. Bata novamente, acrescentando mais 250ml de água. Coe e sirva imediatamente.

Se quiser, não precisa coar. Na real, o resultado não coado é mais saudável, já que as fibras retidas no coador são benéficas para a digestão, etc.

Alguns benefícios do suco verde: fortifica o sistema imunológico, elimina toxinas, limpa o intestino, previne o envelhecimento precoce das células, etc.

Algumas plantas têm propriedades específicas: alfafa + couve (reduz estresse); brócolis, folha e flor (previne anemia e envelhecimento); agrião + salsa + laranja (combate doenças pulmonares, tonifica o fígado); pepino + cenoura + alface (dá elasticidade à pele).

Saúde! (B. no gole vitalizante verde esmeralda)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Cunhado folgado

E agora é a vez do Flávio no vídeo e seu poema boiadeiro. Êta saudade apertada no peito!

Resumão

Estou voltando para Natal, após uma jornada de 100 dias por Pirinópolis, Brasília, Alto Paraíso, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraty.

Aprendi um montão de coisas fascinantes sobre como temos condições de mudar os sentidos de nossas vidas, redescobrindo nossas naturezas e nos aventurando em mares pouco conhecidos.

Foi bom saber que meditação e permacultura são caminhos afins. Se o permacultor contempla a natureza em busca de soluções para problemas humanos, o meditador cultiva permanentemente sua mentecoração. A capacidade do permacultor de contemplar a natureza pode ser ampliada através da meditação refinadora da atenção.

E que alegria sem tamanho vivenciar tantos exemplos de generosidade! Por todos os lugares que passei, havia pessoas dispostas a ofertar hospitalidade, zelo e afeto. Desejo que tenham sempre condições de manifestar tais qualidades incomensuráveis. Quanto a mim, possa eu seguir e praticar os exemplos delas!

Meus queridos, estou grato pela oportunidade de conviver com vocês. Possamos nos reencontrar em breve! Tenham em mente que são bem vindos. Continuem cultivando bons corações e desconstruindo hábitos paralisantes. Cultivem a coragem para agir de acordo com suas mais belas intenções e apliquem a sabedoria que é como um espelho.

Muito amor, flores aromáticas e paz!
B (na Tocata e Fuga em Ré Menor, do Bach, o Johann Sebastian)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Tem que trabalhá, ué!

E sob à energia de Carol nesse vídeo sensacional, trabalhamos pra construir o banheiro seco no camping da Flora, aqui em Paraty. Mini-multirão. Aprendemos hoje também que senhor Breno nos faz falta......E onde estás Renato pra filmar tudo? Vem pra cá!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A cidade

Ando aprendendo a esperar. A deixar vir. Aprendo tambem que sou uma romantica ala Kiekergaard e que muitos antes de mim perguntam, anseiam, duvidam, ficam loucos cheios de perguntas. Tantas possibilidades e tantas decisoes. Um problema. Fico a busca do nao-caos. Dentro de mim.
T.

Para ti

Passeando pelas ruas, não são ruas que vemos. O que vemos?

As pedras das calçadas não são pedras.
Calçadas para nós são o mangue dos caranguejos.
As iluminações são mil contribuições.

As casas são labutas várias.
E as telhas podem ser coxas.
Os aromas dependem dos olfatos.

As cores são o espectro da luz,
E o vazio é espaço de manifestação.
O profano é ponto de vista.

As plantas sentem o que não sentimos
As nuvens são um estágio de outra coisa
E os rios, o lar de incontáveis seres.

As paisagens aprazíveis são despojos,
Enquanto carcaças dão à vida nova.

A solidez das paredes é uma miragem.
A certeza das emoções é um fantasma.
Pelas ruas, não há gatos ou cachorros.

O começo da rua é antes.
E depois é o seu fim.
Ruas, propriamente, não existem.

Não existem ruas,
Ou pessoas nas ruas
Nem calçadas ou praças.

Com amor,
b

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Não é a chuva!

É fácil culpar a chuva pelas catástrofes que ocorrem nos centros urbanos quando convenientemente esquecemos que impermabilizamos o solo; ou devastamos aclives e declives; ou quando nos julgamos bem capazes de reconduzir o fluxo dos rios de acordo com nossos interesses. (B. na Tormenta Magnética Azul)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Jasmim evanescente

O aroma das delicadas flores de jasmim se perde ao sol nascente. (B. no Espelho Cósmico Branco)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Saudades

Oi Pessoal!!!
Estou com saudades de vcs. Estou aqui em sampa, nessa cidade que não dorme e que não para, porém sem nada pra fazer. Aí me lembrei das noites de cerveja até a madrugada e papos cabeças como escutar Mamonas Assassinas!!!!
Mandem notícias....recebi uma ligação muito querido outro dia do Breno que esta com a Florinha e Julian em Paraty....Breno qdo vem pra cá??? E Thais, soube que eles te encontraram no Rio...não volta mais pra sampa não???
Bjos

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Segura que o filho é teu, sampa.

Em meio ao ruído de sampa,
há qualquer solidão.
Mas não é minha.

B. (na Lua Auto-Existente Vermelha)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Um trabalho com Ayuhasca

Convidado para um trabalho com ayuhasca na casa do irmão Aurimar, aprendi que quando a pessoa sente frio é porque o elemental da ayuhasca está num processo de cura; quando sente calor, é porque o processo é de ensinamento.

Segundo Aurimar, a ayuhasca tem o poder de expurgar substâncias tóxicas que eventualmente transitem pelo sangue, através do vômito ou da evacuação. Antes de iniciar o trabalho, que foi das 22h às 5h40, Aurimar explicou que não não é correto misturar ayuhasca com drogas e citou o estatuto original do Daime que veta explicitamente o uso de diversas substâncias, entre as quais maconha, cocaína, morfina, lsd, dentre outras.

Durante o trabalho, sem cessar, músicas se sucedem: hinários da Santa Maria da Conceição, lounges com influência tribal, músicas em sânscrito... As letras das músicas referem-se à harmonia com a natureza, ao processo de auto-conhecimento, homenagens a mestres como Jesus, Buda, Krisna.

Experiência pessoal

Após 40 minutos da ingestão do chá de ayuhasca, comecei a sentir os efeitos, que em mim pareciam como uma bruma densa tomando conta de um lago antes cristalino. Senti vontade de deixar a cadeira onde estava sentado e me sentar no chão. A sensação de bruma tornou-se mais densa e senti vontade de deitar. Paralelamente, havia um estado de atenção claro, não-identificado com a bruma. Ao deitar, comecei a sentir frio, calafrios que duraram até 2 da madrugada, quado vomitei, seguindo-se um estado de serenidade e clareza, grandemente contrastado pelo estado anterior de náusea e bruma. Esse estado de tranquilidade foi imediatamente desconstruído pela atenção que se manifestava em paralelo. Senti vontade de me sentar em posição de meio-lótus e reconheci que o calor estava se manifestando. A partir daí, apenas permaneci em meditação (shine no momento presente), sem me agarrar às sensações, percepções, conceitos e pensamentos que se manifestavam, aqui e ali, esparçados. Por volta das 4 da madrugada, senti algo como uma liberação da ayuhasca, que posta em palavras soa como: - segue seu caminho pois não precisa de mim. Neste momento, senti que o trabalho estava concluído em mim e que outras experiências futuras com a ayuhasca pareciam desnecessárias, manifestando-se uma forte confiança, caracterizada por contentamento, no caminho da meditação. Eu, B. (na Serpente Cósmica Vermelha) falei.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Cheiro de mar

Sento aqui, numa sala de um apê no Leblon e coloco, pouco a pouco, nossas fotos no meu Flickr e aqui ao lado um novo gadget: slides de fotos do Ipec no flickr. Hoje aprendo que a vida boa está a apenas 6 horas, no final da rota do Expresso Sul 14:50 via Dutra. (Thá)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O tipo Vata e a Acariçoba


O tipo vata é um dos 3 tipos constitutivos dos seres humanos, de acordo com a ciência ayurvédica. Os outros dois são Kapha e Pitta. Esses tipos são formados pela interação de cinco elementos considerados fundamentais pela ayurvédica: ar, éter (espaço), fogo, água e terra.
No tipo vata predominam o ar e o espaço. As características desses elementos se refletem na pessoa vata: agitação, secura, leveza, frieza. A pele dos vatas, por exemplo, é marcada pela sequidão e seu corpo é normalmente mais frio (em relação ao tipo pitta, onde o fogo é predominante), com os ossos bem aparentes, pois são magros. Emocionalmente, sua agitação se reflete em ansiedade, sendo comuns no vata problemas de insônia e nervosos, em geral.
Maior o desequilíbrio de vata, mais agitação. Daí a importâcia dos alimentos, que têm o poder de equilibrar o tipo vata (e os demais tipos). Os alimentos de Vata devem trazer um pouco do elemento terra, para "aterrar" o viajante vata (daí o gosto do tipo pela arte e o intelecto).
  • Alimentos para pacificar vata: cítricos, vegetais que crescem embaixo do solo, sementes e oleagináceas, cereais e feijões, frango e gengibre.
  • Alimentos que vata deveria evitar: frutas secas, nata, brotos, carne de vaca e de porco, óleos de milho, de soja e margarina, e açucar branco.
A acariçoba (Hydrocotylle umbellata L.), uma plantinha rasteira, também chamada de Erva-do-capitão, orelha-de-burro, barba-rosa e orelha de sapo, é benéfica ao tipo vata, pois tem ação tranquilizante. De acordo com a ayurveda, serve bem ao sistema nervoso, para estressados, estafados, insones, desconcentrados e desmemoriados! Uma panacéia!! Por sua ação tônica, beneficia anêmicos, pessoas imunologicamente debilitadas, e aquelas com envelhecimento precoce!
Atenção, em excesso pode causar dores de cabeça, náuseas, desmaios, tontura, vômito e pruridos na pele. Gestantes não devem usar a acariçoba.
(B. no Vento Planetário Branco)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Mestre, esse incompreendido!

Aprendi a definição de mestre do Osho Rajneesh:

"Um mestre não é nada mais que claridade, transparência. Para ele, coisas que estão invisíveis para você são visíveis. Sua potencialidade é algo bastante invisível, o mistério de seu ser. Mas para o mestre é quase como um livro aberto; e ele pode lê-lo".

Sobre a importância do mestre, Osho afirma:

"Ter um mestre assim, capaz de ler sua potencialidade e ajudá-lo a crescer em harmonia com sua potencialidade - não de acordo com a ideologia dele - é a maior das bençãos que você pode ter".

E sobre a ideologia do mestre:

"O mestre não tem ideologia, o mestre não é um missionário, o mestre não programa você. Pelo contrário, ele des-programa você; ele tira todas as suas ideologias, seus preconceitos, sua própria mente, para que o puro estado de vazio do seu ser possa crescer".

Finalmente, Osho sobre o mestre ideal:

"O mestre é ele mesmo, e o discípulo é também ele mesmo. E a função do mestre é provar ao discípulo que ser o que se é é a maior glória do mundo, a coisa mais esplendorosa".

(fonte: RAJNEESH, O. Ma Tzu: the empty mirror. The Rebel Publishing House. 1988)

O ponto de vista sobre o papel e a importância do mestre me remete para o grande mestre tibetano, fundador do Chagdud Gonpa Brasil, o notável Chagdud Tulku Rinpoche.

O Rinpoche uma vez definiu o mestre como um posto de gasolina. Você chegaria lá com seu veículo para abastecer. Então, talvez, você poderia dar um tempo pelo posto, porque fica no pé de uma montanha belíssima ou porque tem uma lojinha de conveniência... Mas você não vai ficar girando em torno do posto com seu veículo, você vai retomar seu caminho e seguir em sua direção. O posto e o mestre, portanto, não são o destino final.

Possam todos se beneficiar. (B. na Tormenta Ressonante Azul)